Sim, é possível conhecer Portugal de bicicleta! Mas para quem não está habituado a grandes pedaladas, convém ter alguns pontos em atenção antes de se fazer à estrada!
1 – Antes de tudo, a prevenção!
Sabia que andar de bicicleta sem documentos dá direito a multa? Pois, muitos não o sabem mas a verdade é que lhe pode pesar no bolso, independentemente de andar por desporto ou meramente por lazer!
A verdade é que obrigatoriedade de todo o cidadão fazer-se acompanhar da sua identificação pessoal em qualquer momento (pois!). Assim, os ciclistas devem ter sempre consigo o seu cartão de cidadão ou passaporte. As coimas podem ir dos 60 aos 300 euros por isso mais vale precaver-se!
Considerar um seguro, no caso de uma viagem mais longa e da sua bicicleta ser uma autêntica máquina, pode também ser aconselhável. Só os veículos ou bicicletas a motor são obrigados a ter seguro, no entanto existem seguros específicos para ciclistas que cobrem acidentes pessoais, de responsabilidade civil, de assistência em viagem e de transporte – mas não são obrigatórios.
2 – Planeie o percurso
Antes de se fazer à estrada, planeie o percurso que deseja para que tire o melhor partido do seu tempo, sem percalços!
Se ainda não decidiu para onde quer ir, o melhor é começar por fazer uma boa pesquisa. O ciclismo tem cada vez mais adeptos e por isso também são cada vez mais as fontes de informação que podem ajudar:
No site do Turismo de Portugal, o Visit Portugal, encontra uma secção dedicada às bicicletas e dividida em função das paisagens – ou do tipo de viagem – que pretende fazer: por cidades, vilas e aldeias; por montanhas e serras e ao longo da costa.
Também o site Dar a Volta disponibiliza informação sobre viagens e passeios, ecopistas de norte a sul do país ou a conciliação da bicicleta com outros transportes. Para os que querem conhecer Portugal de bicicleta mas com a comodidade de uma viagem organizada, esta pode ser uma ajuda preciosa.
Em termos de percursos em ecopistas, fique já aqui com uma ideia do que melhor se pode adaptar ao que pretende:
Fáceis: as ecopistas do Lima, Minho, Dão, Vouga, Évora e litoral algarvio;
Médias: Porto – Aveiro – Figueira da Foz; Figueira da Foz – Caldas da Rainha; Setúbal – Sines – Portimão – Faro;
Difíceis: Rio Guadiana; Guarda – Pocinho; Fundão – Guarda.
3 – Material necessário
Não existe obrigatoriedade de usar capacete para quem anda de bicicleta, mas é altamente recomendável. Essa obrigação toca apenas aos condutores de velocípedes e trotinetas e aos condutores e passageiros de ciclomotores, motociclos, triciclos e quadriciclos. Usar óculos adequados e luvas, para proteger as mãos em caso de queda acidental, também devem ser considerados.
A bicicleta deve ser à medida da sua estatura e peso. Ajuste o selim e o guiador para que os kilómetros sejam o mais confortáveis possível e não provoquem lesões. Cada pessoa deve escolher o selim ideal para si, em função da medida e do tipo de firmeza que prefere (mais rígido ou mais suave). A altura e posições do selim, espigão, avanço e guiador são fundamentais para definir o conforto da sua viagem.
4 – Cuidados a ter na estrada
- Circule pelo lado direito;
- Não circule em contramão;
- Não circule nos passeios, reservados aos peões. Se possível utilize sempre as faixas apropriadas;
- Não passe muito perto dos carros;
- Quando segue com outros ciclistas, façam-no preferencialmente em fila indiana;
- Usar colete retrorrefletor sempre que circular à noite;
- Equipe a bicicleta com iluminação: luzes brancas na parte da frente e vermelhas atrás.
Este ano é um óptimo ano para fazer férias diferentes já que todos nos estamos a adaptar a uma circunstância nunca antes vivida. Porque não equacionar umas férias em bicicleta?
Fica a dica!